Levantamento publicado pelo Estadão no último sábado confirma o que já se sabia, agora com números oficiais: os serviços de telecomunicações no Brasil são os campeões em queixas da população aos Procons. Claro, não é novidade. Já foi denunciado centenas de vezes. Só que agora o governo decidiu agir. O Ministério da Justiça enviou relatório à Anatel pedindo explicações, com cópia ao Tribunal de Contas e ao Ministério Público Federal, que terão de se pronunciar. E, já a partir desta semana, deverão ser tomadas medidas concretas contra as operadoras.

“De cada três consumidores, um foi ao Procon por causa dos serviços de telecomunicações, e o mais grave é que as reclamações se repetem ao longo dos anos”, diz o diretor do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), do Ministério da Justiça, Ricardo Morishita. Segundo ele, a repetição das queixas revela que as empresas não estão interessadas em resolvê-las. “Diante da complexidade tecnológica, é razoável que existam problemas, mas não faz sentido que persistam os mesmos problemas ao longo do tempo. Há uma decisão empresarial de não enfrentá-los.”

Vamos ver até onde vai o poder de Morishita. Os consumidores agradecem.

1 thought on “De olho no Procon

  1. Muito bom trocadilho do segundo período “Claro, não é novidade.” Pior que sou cliente desta e no advento da compra de um celular (havia perdido o meu numa viagem), passei por uma odisséia. Foram duas horas de espera e somente quando fui atendido fiquei sabendo que apesar do preço convidativo não tinham o aparelho da maçã em pronta entrega e tampouco previsão de quando chegaria. Tudo isto na maior loja que, em vésperas de datas comemorativas, chega a vender mais de 100 aparelhos por dia. Noves-fora, foram mais duas horas de negociação para conseguir um aparelho que não me atraía gratuitamente.

    Além das maiores taxas de juros reais, um spread de eterna crise financeira, um acesso à Internets mais lento e caro do mundo, taxas telefônicas aviltantes, podemos também nos “desorgulhar” do mais reclamado serviço brasileiro, a telefonia. Abs.

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