Como colocar um produto à venda sem mostrá-lo? E como expandir os pontos de venda se nem nas praças principais o produto está sendo encontrado? E como convencer os clientes a comprá-lo se nem os próprios vendedores sabem como funciona? É dura a vida de quem deseja o Claro Box TV, dispositivo de streaming anunciado pela operadora que, ano passado, foi à Justiça para impedir as programadoras Fox e Turner de vender conteúdos diretamente ao público. 

Como analisamos aqui, a Claro perdeu essa disputa e rapidamente surgiu com sua caixinha de streaming. Foi a forma encontrada para tentar atrair consumidores que não podem pagar pelos pacotes de TV por assinatura, ou que preferem optar pelos canais de forma avulsa. O Claro Box TV funciona de modo similar a aparelhos como Roku, Apple TV, Chromecast e outros que oferecem acesso aos canais através da internet. Assinantes NET/Claro podem solicitar o aparelho gratuitamente (a instalação é facílima, basta ter a conexão de banda larga, que pode ser de qualquer operadora); quem não é assinante deve pagar R$ 250 pelo box, mais uma assinatura mensal de 20 reais.

De início, o Claro Box TV estava disponível apenas em São Paulo e Rio, com vendas exclusivamente pelo site da operadora. Nesta 2a feira, foi anunciada a expansão para BH, Brasilia, Curitiba, Porto Alegre, Florianópolis, Campinas e Santos. Mas, segundo o site minhaoperadora.com.br, muitos usuários estão reclamando por não encontrarem o produto nem obter orientações nas lojas Claro.

Consultada, a empresa informa que não vai se pronunciar sobre a confusão. Não se sabe exatamente quais canais é possível acessar com a caixinha (a publicidade fala em “mais de 80”, e listas variadas têm circulado pela internet). E o site oficial infelizmente também não ajuda. Muito estranho!

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