Um dos recursos divulgados pela Samsung na CES para suas TVs 2021 é chamado HDR10+ Adaptive. Provavelmente, outros fabricantes usarão termos diferentes, mas o que importa para o consumidor é perceber como a Inteligência Artificial (IA) está tomando conta do cenário. Quase todos os modelos das principais marcas hoje já possuem recursos que cabem nessa classificação e que servem, na prática, para ajustar a qualidade de som e imagem às várias situações do dia a dia.
No caso do HDR10+, padrão de imagem proposto pela Samsung (que não quis pagar os royalties cobrados pelo Dolby Vision), o recurso “Adaptive” é um belo avanço. Segundo o site Display Daily, vem conjugado ao Modo Cineasta (Filmmaker Mode), permitindo ajustes automáticos de imagem ao longo da reprodução do filme, série ou outro conteúdo. Isso já acontece nas TVs 2020, com o processador da TV corrigindo eventuais deficiências da imagem cena por cena.
Mas agora estão sendo aperfeiçoados os sensores de luminosidade, que ficam ocultos no painel frontal da TV. O princípio básico é que as condições de iluminação de um ambiente não se mantêm as mesmas durante o dia inteiro. Além disso, dependendo de onde a TV foi instalada (mais próxima de uma janela, por exemplo), as variações de luz alteram a percepção da imagem na tela. Os novos sensores detectam essas alterações e “avisam” o processador, que faz os ajustes de imediato – e sem que o usuário perceba.
Nem todos os fabricantes aderiram ao HDR10+, preferindo manter a parceria com a Dolby. Não se sabe quanto isso custa em royalties, mas a maioria dos TVs compatíveis com o padrão Dolby Vision – que funciona de modo idêntico ao HDR10+ – vêm também com áudio Dolby Atmos. A Samsung é das poucas que não aceita; e a Panasonic possui os dois codecs: Dolby Vision e HDR10+.
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