A disparada do dólar, como era de se esperar, afetou os preços de boa parte dos produtos eletrônicos, especialmente os de valor mais alto. Combinado com a queda no poder aquisitivo dos brasileiros, o resultado é que a indústria deve fechar o ano com vendas num patamar no máximo similar ao de 2020.

Os dados são da GfK, reproduzidos em reportagem de Daniela Braun no Valor Econômico (que pode ser lida no site da Eletros – vejam aqui). Em agosto, foram vendidos 28,7% menos TVs do que em julho; e a comparação com agosto do ano passado também é desfavorável. Apesar das lamentações, era um resultado esperado diante do aumento médio de 30% no preço final dos TVs, forçado pelos custos em dólar dos painéis LCD, que representam 98% dos TVs produzidos no país.

Conforme se aproxima o final do ano, a esperança de fabricantes e varejistas é que a Black Friday traga números mais animadores. Mas o desemprego ainda nas alturas segue sendo terrível para o consumo, mais até do que a inflação. “O consumidor está com a corda no pescoço”, resume Ricardo Moura, diretor da GfK.

Curiosamente, estudo divulgado nesta segunda-feira pela ABINEE mostra que o setor eletroeletrônico (fora Zona Franca de Manaus) continua mantendo seus postos de trabalho. Desde agosto de 2020, houve crescimento na oferta de empregos em quase todos os meses, ainda que em níveis baixos.

Não há dados sobre a divisão das vendas conforme a categoria de produtos, mas sabe-se que o segmento de telas grandes (acima de 55″) é o que puxa as margens da indústria e do varejo. Tem sido assim há pelo menos três anos, e deve se repetir até dezembro. Os consumidores que puderem certamente vão optar por telas maiores em suas compras de fim de ano.

5 thoughts on “Preços sobem, vendas de TVs caem

  1. Por falar em tv,onde vejo quem ganhou o televisor de OLED na promoção de aniversário ?

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