Em 2020, foram vendidos nos EUA cerca de 45 milhões de televisores e nada menos do que 49 milhões de players de streaming; no Brasil, com 12 milhões de TVs comercializados, o mercado fica em torno de apenas 600 mil aparelhos. É com esses dados que trabalha a Roku, hoje a maior marca da categoria streaming aggregation no mundo. Agregadores de streaming são plataformas que se propõem a organizar essa verdadeira floresta de serviços em que está se transformando o mundo do entretenimento digital.

E a Roku, que nasceu no Vale do Silício como um apêndice da Netflix e chegou ao Brasil no ano passado, tem planos ambiciosos para conquistar os brasileiros. “Esta será a década do streaming”, prevê Luis Bianchi, diretor de marketing da Roku para América Latina. “E o Brasil tem enorme potencial de crescimento, considerando que é um dos três países que mais consomem streaming no mundo e o segundo mercado para a Netflix, por exemplo”.

Basicamente, o que a Roku oferece é o acesso gratuito a inúmeros serviços de streaming: Netflix, Prime Video, HBO Max, Disney+, Globoplay… Usando software próprio, garante que a busca pelos conteúdos e a navegação entre esses apps é mais fluida e rápida. Se você não sabe onde está aquela série que um amigo comentou, o sistema localiza.

Este mês, a plataforma Roku chegou à Semp TCL, terceira maior fabricante de TVs do país (antes, já estava nas TVs AOC e Philco). Ainda no ano passado, lançou seu player Roku Express, que pode ser conectado a qualquer marca de TV, inclusive as antigas. “Toda smart TV se desatualiza e se torna mais lenta após dois ou três anos”, diz Bianchi. “Nesse caso, em vez de trocar de TV, o consumidor pode simplesmente comprar o player, que é atualizado duas vezes por ano e nunca fica lento”.

Como se sabe, os grandes fabricantes têm suas próprias plataformas smart: Tizen (Samsung), webOS (LG), Saphi (Philips) etc. A TCL, que adota o sistema Android (agora Google TV), decidiu oferecer o Roku como opção; está inclusive promovendo uma espécie de road-show, começando por São Paulo, para que o público possa conhecer as duas plataformas.

Faz sentido. Pode ser que, a partir de agora, a decisão de comprar esta ou aquela TV se baseie mesmo na facilidade de navegar pelas plataformas de streaming. Mais até do que na qualidade de imagem, já que para grande parte dos consumidores é difícil distinguir entre uma marca e outra.

1 thought on “Roku quer ir muito mais longe no Brasil

  1. Com certeza este é um ponto fraco do WebOS da LG. Primeiro porque eles destacam os conteúdos do serviço Look (imagino que este streaming pague algo por isso). Segundo, o sistema da LG não parece saber quais streamings o usuário assina e também não parece ser capaz de encontrar o que se busca nestes streamings.
    O mais comum numa busca é a TV oferecer um vídeo genérico do YouTube “sobre” o conteúdo pesquisado ou, pior, oferecer acesso ao filme/série no Look, mesmo quando está disponível num serviço que a pessoa já assina.
    No fundo é inútil perder tempo no WebOS, é preciso entrar e cada um dos seus serviços de streaming e procurar pelo conteúdo que deseja.

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