Três semanas atrás, comentamos aqui sobre a tela MicroLED da TCL, de 163 polegadas, já disponível através da distribuidora AV Group. Não só pelo tamanho e preço, mas também por ser uma tecnologia ultra avançada, esse produto certamente não terá muitos usuários no Brasil – nem é essa a intenção das duas empresas. Quando se pensa no consumidor residencial que não tem uma conta bancária tão folgada, é preciso pensar em telas menores.

Mas, espere: eu disse “menores”? Vejam como estão as coisas. Tivemos ao longo do ano o lançamento de um modelo Samsung de 98″ com painel de LED convencional (vejam aqui) e uma TCL QLED do mesmo tamanho. Agora no final de outubro chegaram, quase que em sequência, a LG QNED de 98″ e a Hisense QLED de 100″. Até a Philco/Britania, cujas linhas são totalmente focadas em modelos de custo mais baixo (e com menos tecnologias embarcadas), acaba de lançar sua QLED de 100″.

Isso tudo, sem falar na maior de todas, a TCL MiniLED de 115″, já disponível em algumas lojas e que foi um dos destaques na CES, em janeiro, e na IFA (setembro). Se há alguma conclusão a tirar desses lançamentos, é que os fabricantes decidiram apostar na paixão dos brasileiros pelas telas, mais especificamente as grandes. O processo é quase que atávico: quem tem 42″ pensa em 50″ ou 55″, quem está em 65″ se extasia diante de uma 75″, e assim por diante.

Efeito “bebê” e efeito “vizinho”

Telas grandes exercem, desde sempre, um fascínio sobre o ser humano. Se os olhos de um bebê brilham diante de um celular de 3″ ou 5″, para um adulto o impacto pode ser vinte ou trinta vezes maior dependendo daquilo a que nossos olhos estão acostumados. Há ainda o “efeito vizinho”: para muita gente, é essencial exibir a amigos e parentes algo superior, ou que pelo menos transmita a fugaz sensação de superioridade.

Do ponto de vista estritamente técnico, mais importante que o tamanho da tela é como ela é instalada, ou seja, sua relação com o ambiente. Exploramos isso em detalhes na edição de setembro da revista HOME THEATER & CASA DIGITAL (que pode ser baixada aqui), com um panorama das telas grandes disponíveis no mercado – com os novos lançamentos, estamos agora atualizando o conteúdo.

Conforme se aproxima o final do ano, e já neste mês com as diversas promoções da Black Friday, os leitores/consumidores interessados em telas desse porte podem incluir mais opções em suas listas. Com um detalhe adicional: mais marcas disputando o segmento trazem a inevitável “guerra de preços”. Anos atrás, quem poderia imaginar que uma tela de 85″ poderia custar menos de R$ 8.000? Por enquanto…

Curiosidade: 12 anos atrás, testávamos a maior TV do mercado, uma LED Sharp de 80″ (confiram). Logo em seguida, sairia a primeira 4K da LG, com inacreditáveis 84″.

 

3 thoughts on “O fascínio das telas gigantes

  1. Essas TVs são inviáveis. Ruim para transportar, manutenção etcetera. O futuro é a TV modular.

  2. TCL não. Experiência ruim com TV de 40 polegadas com Android capado não podendo instalar nada e USB e Bluetooth que não funciona. Fujam da TCL

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