Maior tela à venda é MicroLED

Depois de estrear na CES, em janeiro, e na IFA (setembro), já está disponível no Brasil a TV de 163 polegadas! Você não leu errado: esse é o tamanho do painel MicroLED X1H Max, da TCL, que agora pode ser encomendado através da distribuidora AV Group. O aparelho foi exibido para convidados no show-room da empresa, em agosto, onde arquitetos e revendas especializadas podem vê-lo funcionando.

A impressão que tivemos na CES foi das melhores, embora sempre tomemos cuidado com demonstrações em eventos, onde não é possível operar os produtos. De fato, uma tela 4K de 163″ impressiona em qualquer circunstância, mas no caso era uma tela afetada por milhares de luzes no ambiente da feira e disputando a atenção do público com dezenas de outras. Apesar disso, contraste e perfeição das cores chamaram nossa atenção.

As especificações fornecidas pela TCL são superlativas. A taxa máxima de luminosidade é de 10.000 nits, algo que na prática ninguém pode aferir – segundo o site especializado Rtings.com, só é possível atingir esse nível de brilho por 1 segundo (isso mesmo: 1 quase que imperceptível segundo); e, ainda assim, apenas num cantinho da tela. A taxa de renovação de tela (refresh rate), importante para cenas em movimento, é dada na casa de nanosegundos, quando as melhores TVs atuais batem no máximo em 0.03 milissegundos!

Como já explicamos aqui e aqui, a tecnologia MicroLED é a grande promessa da indústria para atingir imagens com máximo realismo e fidelidade. Seus níveis de contraste são equiparáveis ao das TVs OLED, só que, ao contrário destas, não há limite para o tamanho dos displays MicroLED. Como são módulos sobrepostos, pode-se encher uma parede inteira com eles. A Samsung foi a primeira que trouxe a novidade ao mercado brasileiro (vejam este vídeo).

O problema, como sempre, é quanto isso custa. Na China, o painel X1H Max foi lançado em julho pelo equivalente a US$ 110.000. Embora tenha vida útil estimada em 100 mil horas (num cálculo simplório, seriam mais de 30 anos ligado 8 horas por dia), o produto não pode, por exemplo, ser comercializado na Europa, onde vigora um sistema rígido de controle do consumo de energia (detalhes aqui).

Se algum dos leitores não têm essa preocupação, recomendo marcar uma visita para ver essa MicroLED em funcionamento.