Não, não será no Brasil, infelizmente. Japoneses, coreanos (do sul), americanos, canadenses alemães, ingleses e mais alguns povos poderão acompanhar os Jogos Olímpicos de Tóquio, que começam na próxima sexta-feira, com maior riqueza de detalhes. Nos EUA, a rede NBC anunciou acordo com a operadora Comcast (que na verdade é a dona da emissora) para transmitir algumas competições codificadas em Dolby Vision e com áudio Dolby Atmos.
A pegadinha é que, para ter acesso, o telespectador precisará de uma assinatura Xfinity X1, que é a plataforma premium da Comcast (10 dólares por mês), com acesso a canais ao vivo e uma série de serviços de streaming. Será a primeira que vez que uma Olimpíada terá transmissão comercial em 4K – a Rio 2016 foi apenas para clientes selecionados, assim como ocorreu no Brasil. Desta vez, os brasileiros terão que se contentar com imagens Full-HD.
Os leitores de boa memória hão de se lembrar que, cinco anos atrás, comentávamos aqui sobre os planos da emissora estatal japonesa NHK de estrear oficialmente nos Jogos de Tóquio – que seriam em 2020 – o padrão de transmissão 8K. Infelizmente, a pandemia atrapalhou esse cronograma, mas a NHK já tem funcionando desde 2018 um canal só com conteúdos 8K e irá usá-lo agora para exibir alguns eventos da Olimpíada. Fora do Japão, as imagens poderão ser vistas “apenas” em 4K.
De fato, essa Olimpíada, que deveria ser a maior de todos os tempos, acabará sendo mesmo diferente, embora sensivelmente abalada. Ainda com muitos casos de Covid, o governo japonês proibiu público nas arenas, e várias organizações continuam protestando contra a própria realização dos Jogos. E, nas transmissões, certamente ficará prejudicada a parte de áudio sem a vibração do público, o que torna meio sem sentido pensar em Dolby Atmos.
Esse nosso país é uma piada, retrógrado como sempre….uma pobreza, infelizmente.